A
principal atividade econômica da comunidade é o beneficiamento da castanha e
sua comercialização. Caracteriza-se como uma economia de subsistência. Os
“Mendonça” criaram o “Projeto-Castanha” por volta de 1996. A partir da
iniciativa própria do grupo, esse projeto visa beneficiar mais de trinta
famílias, no entanto, está longe de alcançar abrangência maior, considerando
que há mais de duzentas famílias no grupo. Esse trabalho tem sido organizado
por uma associação de moradores junto às lideranças da comunidade e tem como
objetivo adquirir a castanha mais barata e de boa qualidade para os que estão
dentro do projeto. Na falta de terra para o plantio de cajueiros, as castanhas
são adquiridas em sua maioria da Serra do Mel (RN) por ser de boa qualidade e
durabilidade. São adquiridas in natura e transportadas por um pequeno caminhão
da comunidade. É distribuída entre as famílias que previamente pagam pelo
produto. Seu beneficiamento é realizado por eles próprios. Primeiramente, passa
por um processo de lavagem, a seguir a secagem ao sol e logo depois a “queima”
do produto. Por fim,são descascadas e postas em embalagens plásticas para a
venda. (V. figuras 7,8 e 9).
Segundo
Seu Pequinho a castanha produzida dentro do projeto chega a ser vendida João
Pessoa/PB, Recife (PE) e, em grosso, para a KIBOM de Pernambuco. O que foge da
caracterização de uma economia de subsistência. Já a produção de castanha que
está fora do projeto tem uma produção bem menor (subsistência) e sua
distribuição é feita na capital, através de vendedores ambulantes (os próprios
“Mendonça”), chegando às praias da orla sul e norte da costa potiguar, bem como
a diversos pontos do centro da cidade de Natal. Segundo os próprios moradores
do Amarelão eles representam a grande maioria dos vendedores de castanha em
Natal. Também informam que a safra da castanha ocorre durante os meses de novembro
a fevereiro de cada ano, quando conseguem algum lucro, embora pequeno.
FONTE - JUSSARA
GALHARDO AGUIRRES GUERRA